“Um belo dia resolvi mudar e
fazer tudo o que eu queria fazer...”
Bem, dia desses manifestei a vontade de voltar a escrever nesse blog para a minha amiga Cool. Propus nos alternarmos em “postagens” quinzenais, utilizando esse espaço para expormos nossos pontos de vista “cool & cult” sobre tudo.
Quarta eu estava assistindo o meu programa favorito de tv, Saia Justa, quando a âncora do programa, Mônica Waldvogel, deu a dica de um livro, O mundo pós-aniversário, que narra a vida de uma mulher casada que começa a se interessa por um outro homem. Até aí, tudo parece ser aquele típico clichê, no entanto, em certo ponto da trama, a autora constrói uma bifurcação na história de sua personagem, passando a contar duas perspectivas diferentes: uma, como se ela tivesse traído o marido, outra, como se ela não tivesse cometido o adultério. Segundo a Mônica, a autora sustenta muito bem essas duas atmosferas estabelecidas, além de construir primorosas metáforas.
Maitê Proença, também apresentadora do programa, aproveitou a deixa para fazer uma crítica à atual novela de Manoel Carlos. Primeiro, ela aconselhou Letícia Spiller a ler o livro que Mônica acabara de indicar, para, a partir daí, tomar alguma decisão sobre o destino de sua personagem.
Novela do Maneco já se pode esperar: Leblon, Bossa Nova e as suas tão favoritas Helenas. Fotografias maravilhosas do Rio de Janeiro também estão sempre presentes, mas o que fugiu um pouco à regra, no folhetim atualmente ao ar, é o dia-a-dia de seus personagens, agora, abordado de maneira tão cansativa.
Fico me perguntando se Manuel Carlos continua a retratar as nossas vidas na telinha e se é isto mesmo: vivemos numa monotonia sem fim? Sem muitos fortes acontecimentos em nossas vidas? E será que o ápice de nossos grandes conflitos interpessoais se resolvem numa separação, ou num adultério como o novelista tem nos mostrado?
É certo que o ele acertou em cheio ao criar o drama da personagem Luciana, interpretada por Aline Moraes, mas os outros núcleos parecem flutuar em meio a rotina de suas vidas. Eu espero que, ao contrário do que eu tenha ouvido, essa não seja a sua última trama e, como todo escritor, sua carreira têm altos e baixos... E Viver a Vida foi apenas uma “queda” – um tropeço –, para servir de experiência e dar gás a sua próxima subida.
“No ar que eu respiro, uu
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou
Agora só falta você, iê, iê”
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou
Agora só falta você, iê, iê”
Ass: Cult!